Maria Salett Biembengut

Palestra 6: Como despertar o/a cientista na criança dos anos iniciais?

 

Resumo: Na vida cotidiana a criança se apercebe do seu meio, capta informações, identifica objetos e respectivas denominações, seleciona e compara as que ela já conhece, assimila os mais diversos entes que a rodeia, desenvolve significados específicos às palavras, às ideias, aos mais diversos entes. E na medida em que estas informações, ideias, palavras instigam-na a se comunicar, a linguagem a conduz a estruturar seu pensamento, construir generalizações sobre seu entorno e fazer conexões entre suas ideias. 

A criança está sempre se inteirando das coisas no seu conviver. Sua imaginação perpassa os limites da imagem, levando-a conceber e criar símbolos ou objetos, formar conceitos, dar a forma, a cor, o sentido ao mundo em que vive. Por exemplo: uma roda afigura-se para ela um carro; uma boneca, uma criança; um cabo de vassoura, um cavalo. Nada há o que não lhe inspire e estimule o seu senso criativo. Ela age espontaneamente para ver o que acontece.

A compreensão da criança sobre seu entorno é mediada por suas interações sociais. E no âmago dessas interações, o diálogo e a comunicação. A contínua interação entre suas representações internas – dos pensamentos e das experiências diárias – modifica e aprimora a compreensão da criança sobre seu mundo, sua realidade. Nessa dinâmica contínua de reelaborar conceitos, cada vez mais complexa e refinada, facilitada pela sua comunicação com entes ao redor, o conhecimento da criança ocorre. Dentre os ambientes que a criança passará bom tempo de seu viver é a Escola.  

Na expectativa de propiciar na Escola um ambiente de ‘querer saber’ nos Anos Iniciais da Educação Básica e, em consonância com as orientações dos curriculares  oficiais do Governo, nessa palestra proponho a Modelagem nas Ciências e Matemática como Método de ‘ensino com pesquisa’.