Minicurso 'Da Lama ao Caos: elementos da estética manguebeat no cinema pernambucano'

Cartaz do Evento: 
 05/06/2021 - 15:00 jusqu'à 17:00

La maison

Agendado para o dia 5 de junho e promovido pela equipe do Cine UFU, o minicurso “Da Lama ao Caos: elementos da estética Manguebeat no cinema pernambucano” tem a proposta de realizar uma análise fílmica do cinema pernambucano, com pontuações acerca da influência do Manguebeat e sua estética futurista e citadina.

A temática urbana, as redes de sociabilidade das classes mais populares e o hibridismo entre terra e mar foram recorrentes não apenas na música, como também na produção fílmica dos anos de 1990 e início dos anos 2000. São filmes que se empenharam em contar a história cotidiana, mesclando com as discussões de uma região descentralizada, que vivenciava o caos e a lama em suas amplas possibilidades.

Serão analisados os seguintes filmes: "Baile Perfumado" (1996), de Lírio Ferreira e Paulo Caldas; "Árido Movie" (2006), de Lírio de Ferreira; "Amarelo Manga" (2002) e "A febre do Rato" (2011), de Cláudio Assis; "Cinema Aspirinas e Urubus" (2005), de Marcelo Gomes; e "O som ao Redor de Kleber Mendonça Filho" (2012). Observação: não é necessário realizar leitura ou visualização prêvia.

Fazendo o som, coração e corpo dos recifenses dos anos 90, representantes como Chico Science e Nação Zumbi e Mundo Livre S/A, construíram um movimento que ficou conhecido como Manguebeat, a popularização dos homens-caranguejos.

Misturando sons tradicionais pernambucanos com guitarras e computadores, esses artistas injetaram energia na lama e criaram uma estética que extrapolou as fronteiras musicais e alcançou referências na literatura, na produção audiovisual, nas artes plásticas. De maneira fundamental, atuavam como uma contra-cultura frente ao assassinato dos rios, dos estuários, dos caranguejos com cérebro (título do manifesto de Fred04).

Ligado às culturas de punk, hip-hop, funk, maracatu e samba, o movimento propôs uma nova forma de se enxergar Recife, Pernambuco e o Mangue. A lama não significava o atraso; pelo contrário, era a bateria necessária para antenas parabólicas funcionarem. De onde vem a energia, o alimento e a arte.

Desta forma, a ministrante Kathleen Reis vai conduzir no minicurso a análise de que forma a produção cinematográfica também bebeu da água do mangue para construir suas cenas.

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Evento gratuito

Inscrições pelo formulário: https://forms.gle/R67F2MMvPbz38edA9

Haverá emissão de certificados.
 

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Réalisation

Universidade Federal de Uberlândia - UFU
DICULT
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