La maison
Está de volta a noite para brindar à ciência! O festival de divulgação científica Pint of Science acontecerá em Uberlândia, em 8 de novembro, a partir das 19h, nos bares São Arnulfo Pub e Libertas Venda & Bar.
Seis cientistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) vão apresentar suas pesquisas, em linguagem acessível a públicos não especializados. A programação é aberta a toda a população, que poderá interagir com os pesquisadores fazendo perguntas e comentários após as apresentações.
No bar São Arnulfo, Yara Cristina de Paiva Maia explicará como cientistas desvendam mistérios da saúde humana; Edson Nossol falará sobre os pequeníssimos nanomateriais presentes em nosso cotidiano; e Samara Carbone responderá o que há em comum entre o nosso desodorante e a atmosfera da Floresta Amazônica.
No Libertas, Ana Maria Bonetti abordará a questão dos agrotóxicos e das abelhas; Paulo Henrique Ribeiro Gabriel contará se devemos temer os algoritmos; e Daniela Franco Carvalho falará sobre a relação entre ciência e arte. Confira, abaixo, mais detalhes sobre os temas e os palestrantes.
“Após dois longos anos de espera, a ciência estará de volta às mesas dos bares em nossa cidade! Pesquisadores da UFU estarão presentes para conversar sobre abelhas, algoritmos, genes, arte e muito mais, mostrando como a ciência faz parte do cotidiano de todos nós”, afirma Paula Cristina Batista de Faria Gontijo, coordenadora do Pint of Science Uberlândia, professora e pesquisadora do Instituto de Biotecnologia da UFU.
“O fato de o evento acontecer no bar, somado à informalidade da linguagem que será utilizada pelos cientistas, faz com que o público fique mais à vontade para se aproximar, e é exatamente essa a nossa maior expectativa. Desejamos que o Pint Uberlândia seja um canal de comunicação direto, simples e descontraído entre a ciência e a nossa sociedade e que, nesta edição especial, possamos todos juntos brindar ao retorno do 'Pint of Science'!”, completa Gontijo.
O Pint of Science, segundo os organizadores, é o maior debate de ciência do mundo que ocorre fora dos ambientes universitários. Criado em 2012, no Reino Unido, o evento chegou ao Brasil em 2015 e, por aqui, já aconteceu em mais de 180 cidades. Saiba mais sobre o festival nacional em pintofscience.com.br e sobre o evento no mundo em pintofscience.com.
Em Uberlândia, a primeira edição aconteceu em 2018 e a segunda, em 2019. Também aconteceu, em 2019, o Pint Ituiutaba. Nos dois anos seguintes, não houve Pint of Science presencial no Brasil, devido à pandemia de covid-19. Em 2021, a comissão de Uberlândia organizou o “Goles de Ciência”, em parceria com a Divisão de Divulgação Científica, vinculada à Diretoria de Comunicação Social da UFU, com a publicação de vídeos no perfil @ufu_oficial no Instagram.
A edição do Pint of Science Uberlândia 2022 tem apoio do Programa Institucional de Apoio a Eventos (Piaev), da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc/UFU).
Saiba mais sobre o evento na região e no mundo:
Pint of Science Ituiutaba: eventos.ufu.br/pintituiutaba2022 e pintofscience.com.br/events/ituiutaba
Pint of Science Uberlândia: eventos.ufu.br/pint2022 e pintofscience.com.br/events/uberlandia
Pint of Science Patos de Minas: eventos.ufu.br/pintpatos2022
Pint of Science Brasil: pintofscience.com.br
Pint of Science: pintofscience.com
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SÃO ARNULFO PUB
(Av. João Bernardes de Souza, 430. Bairro Presidente Roosevelt)
19h – Abertura
19h30 – “Sherlock Scientist: Desvendando mistérios”, com Yara Cristina de Paiva Maia
Assim como um detetive que busca desvendar crimes aparentemente insolúveis, a pesquisadora e o seu grupo buscam pistas para desvendar os mistérios científicos relacionados à saúde humana. Nesta busca de pistas para a resolução dos mistérios, ambos detetives e cientistas utilizam como ferramenta o método científico e a lógica dedutiva. Nas últimas décadas, a cientista investiga formas de diagnosticar, prevenir e melhorar a qualidade de vida de pacientes com câncer. Novos avanços no campo da biologia molecular, nanotecnologia, medicina e nutrição tem potencial para salvar milhares de vidas a cada ano. As pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Nanobiotecnologia Prof. Dr. Luiz Ricardo Goulart Filho, no Hospital de Clínicas (HC/UFU) e em parcerias nacionais e internacionais têm contribuído nesta direção de proporcionar a melhoria de vida e saúde dos pacientes oncológicos. Neste Pint of Science, será apresentado o histórico das pesquisas conduzidas pelo Grupo de Pesquisa em Biologia Molecular e Nutrição (BioNut) nos últimos anos, realçando o impacto das mesmas na sociedade. O tema das pesquisas tem se concentrado em busca de novas formas de diagnóstico, prognóstico e monitoramento do câncer, em especial, o de mama. Os mistérios associados a esta pesquisa parecem estar longe de solução, até porque parece não existir um único culpado. O câncer é uma doença multifatorial, e por este motivo impõe desafios múltiplos para o grupo de pesquisa que tem, portanto, se organizado de forma multidisciplinar para desvendar paulatinamente pequenos mistérios, para que a humanidade possa, quem sabe um dia, cada vez mais ter desvendado por completo o mistério desta enfermidade.
20h – “Nanomateriais: Pouco tamanho, mas muitas aplicações”, com Edson Nossol
Algo que possui o tamanho de um nanômetro é 1 bilhão de vezes menor que 1 metro. As propriedades desses materiais, como as eletrônicas, óticas, térmicas, mecânicas, e químicas são completamente diferentes das dos materiais usuais. Esses nanomateriais têm atraído muita atenção na comunidade científica, e têm sido empregados em um grande número de produtos de consumo, como tintas, filtros solares, medicamentos e materiais esportivos.
20h30 – “O que há em comum entre o seu desodorante e a atmosfera da Floresta Amazônica?”, com Samara Carbone
Tanto o seu desodorante quanto a Floresta Amazônica emitem para a atmosfera partículas de aerossóis. Essas partículas são pequenas em tamanho, mas grandes nos impactos, já que são importantes para a formação de nuvens, distribuição de água e regulação do clima do planeta. Além disso, elas também interferem na qualidade do ar que respiramos, sendo responsáveis, muitas vezes, por doenças cardiovasculares, respiratórias e até malformação fetal. Enquanto em ambientes remotos, tais como florestas e oceanos, os aerossóis em pequenas quantidades são fundamentais para a ciclagem da água e nutrientes e balanço de radiação do planeta, em elevadas concentrações, essas partículas suprimem a formação das chuvas. Portanto, o estudo das suas características físicas e químicas na atmosfera faz-se necessário para identificar suas fontes nestes ambientes. A identificação das fontes permite a tomada de ações para reduzir seus impactos.
21h – Bate-papo com os palestrantes
LIBERTAS VENDA & BAR
(R. Helvécio Schiavinato, 35. Bairro Vigilato Pereira)
19h – Abertura
19h30 – “Agrotóxicos: As abelhas pedem socorro”, com Ana Maria Bonetti
Abelhas são produtoras de mel e de saúde, mas seu principal produto é a polinização. Podem ser usadas, também, em Educação, para demonstrar o comportamento animal. Esse precioso organismo é altamente prejudicado pela aplicação sem restrição de agrotóxicos. O enfraquecimento das colônias, deixa esses insetos susceptíveis à vírus e outros parasitas, piorando a situação. Vamos responder ao pedido de socorro das abelhas??? Venha conhecê-las melhor e atestar a importância desses insetos.
20h – “Algoritmos: devemos ter medo deles?”, com Paulo Henrique Ribeiro Gabriel
Das mais simples operações matemáticas ao controle de missões espaciais; nas compras online e na escolha dos filmes que você verá; no seu trabalho ou nas suas férias. Independente do que você esteja fazendo, é muito provável que algum algoritmo esteja presente. Mas, afinal, o que é esse tal de “algoritmo”? E por que algoritmos são tão importantes assim? Aliás, eles são nossos aliados, ou devemos temê-los? Existe algum pacto sinistro entre as pessoas que criam algoritmos? Nesta palestra, vamos responder a essas perguntas e conhecer um pouquinho sobre os algoritmos e sobre como eles estão presentes no nosso cotidiano.
20h30 – “Ciência e arte”, com Daniela Franco Carvalho
Quais as questões que emergem das conexões entre biologia, ciência e arte que se concretizam na produção artística? Atravessamentos que nos perpassam na contemplação das obras no museus reverberam novas formas de olhar o mundo? Quanto da obra é, para nós-não-artistas, também produção? Quanto das nossas emoções, pulsantes, vibram nas composições artísticas? Reverberam para além da tinta, da tela, do pincel, da projeção digital? Tornamos-nos ativistas pelo olhar do artista? Pelas mãos do outro passamos, em diálogo, a pulverizar novos entendimentos? Aquilo que nos toma de surpresa. O inesperado. Que nos faz pensar diferente a partir da fruição da obra. Nessas composições de provocações por meio das obras de arte contemporâneas que tangenciam a ciência e a biologia, que educações produzimos?
21h – Bate-papo com os palestrantes