Presentación
Já deixa marcado na sua agenda que o Pint of Science 2025, maior festival de divulgação científica do mundo, que leva pesquisadores aos bares, já tem data e local em Uberlândia: 20 de maio, às 19h, no Dboche Pub Show.
Os pesquisadores Ivete Almeida, Ivan Nunes Santos, Mario Piragibe e Cristiano Lino vão compartilhar suas pesquisas de diferentes áreas do conhecimento: “Imagens negras: representações sociais”; “Energia subterrânea: cidades inteligentes e sustentáveis”; “Por que festivais e teatro de bonecos são importantes?” e “Hot Topic - desafios do corpo humano quando exercitamos no calor”, respectivamente. Em seguida, a partir das 22h30, haverá apresentação da banda Mafu. O evento é gratuito e todos os maiores de 18 anos são bem-vindos para participar, sem a necessidade de inscrição prévia.
Criado em 2013, na Inglaterra, o Pint of Science surgiu como forma de aproximar a ciência da comunidade externa que não está nos laboratórios e universidades. O festival acontece anualmente em diversos lugares do mundo e leva pesquisadores a bares para compartilharem conhecimento científico de maneira simples e descontraída.
O Pint of Science é promove um “Brinde à Ciência” por meio de suas discussões, mas também pelos “Goles de Ciência”, pequenos vídeos postados no perfil oficial @ufu_oficial no Instagram. Alguns cientistas compartilham suas pesquisas de maneira leve, oferecendo goles de conhecimento ao público e um gostinho do que é o Pint of Science.
Programación
20/05
Dboche Pub Show
(Av. Araguari, 9 - Bairro Martins)
19h00
“Energia Subterrânea: Cidades Inteligentes e Sustentáveis”, com Ivan Nunes Santos
As redes elétricas subterrâneas são o próximo nível para as cidades! Sim, elas custam um pouco mais, mas valem a pena pelos benefícios que trazem. Além de deixar a cidade mais bonita, sem aquela bagunça de fios e postes, elas são mais seguras para todo mundo e ainda ajudam na mobilidade urbana, liberando espaço nas ruas. E não para por aí: as redes subterrâneas são super resilientes a tempestades e outros problemas climáticos, evitando apagões e aumentando a confiabilidade do sistema. Pra essa mudança acontecer, importantes pesquisas têm sido feitas aqui mesmo na cidade de Uberlândia, de modo a reduzir os custos e trazer novos avanços à essa importante tecnologia.
“Imagens Negras: Representações Sociais", com Ivete Almeida
A forma como nós apresentamos um sujeito ou uma cultura diz muito sobre como entendemos, coletivamente, o lugar desse sujeito e dessa cultura na sociedade. Associar pessoas e culturas ao progresso, à barbárie, à racionalidade ou à selvageria, não muito mais opções coletivas, conduzidas por projetos de grupos hegemônicos, do que opções individuais. Muitos pesquisadores discutem isso, mas essas ideias foram articuladas inicialmente pela psicologia social, com Serge Moscovici e pela socióloga e feminista negra Patricia Hill-Collins. A partir das formas como as pessoas negras são representadas no cinema, no Brasil e nos EUA, podemos perceber esse embate de discursivo que nos mostra como os grupos hegemênicos vêem as pessoas pretas e como elas vêem a si mesmas.
“Por que festivais de teatro de bonecos são importantes?”, com Mario Piragibe
Na fala eu conto sobre como a minha pesquisa de mapeamento dos festivais de teatro de bonecos no país me levou a buscar entender melhor quais são as transformações que eventos artísticos regulares podem produzir sobre lugares e pessoas. Elas existem, e podem ser sentidas, mas também são muito difíceis de serem medidas. A Economia da Cultura é uma disciplina bastante recente que busca entender e direcionar esses impactos, e que parte da pergunta: qual é o valor da arte/cultura?
"Hot Topic - Desafios do corpo humano quando exercitamos no calor", com Cristiano Lino
2024 foi o ano com a maior média de temperatura global da história. Infelizmente, as perspectivas futuras não são animadoras. Concomitantemente, nunca tivemos tanta consciência quanto à necessidade de hábitos de vida saudável, entre os quais a prática de exercícios físicos. Nosso corpo humano é desafiado durante qualquer esforço além daquele necessário para nos manter vivos. Porém, o desafio é maior quando o calor do ambiente soma-se ao estresse físico. A nossa temperatura interna aumenta mais e mais rapidamente e para dissipar o calor do corpo aumentamos a nossa sudorese o que faz com que a viscosidade do sangue aumente. Esse quadro aumenta o trabalho do coração, aumenta a sensação de cansaço, gera desidratação e, em casos mais graves, pode levar à morte. E ai, o que podemos fazer? Desenvolvemos pesquisas que testam estratégias para minimizar o estresse térmico e reduzir o risco de colapso decorrente do calor. Entre as estratégias mais eficientes, e às vezes até polêmica, podemos citar o resfriamento corporal. Cabe ressaltar que o resfriamento corporal parece ser local dependente. Temos muito a discutir!
Bate-papo com os palestrantes
Apresentação da banda Mafu